A autoestima traduz-se na forma como nos relacionamos com as nossas caraterísticas, capacidades, pensamentos, necessidades, desejos e forças e fraquezas, ou seja, é a forma como nos vemos.
Existe uma relação direta entre autoestima e felicidade, pelo que se pensa que, crianças incondicionalmente amadas e com noção do seu valor pessoal tornar-se-ão adultos mais felizes. A autoestima começa por ser construída na infância e irá acompanhar o indivíduo pela vida fora. Uma criança com uma autoestima saudável, mesmo em situações desafiantes, volta a reerguer-se; podendo falhar ou enfrentá-las de forma adequada, não pondo em causa o seu valor e capacidade para tal, mas nunca coloca em causa se ela própria é merecedora de amor. Uma criança com uma autoestima saudável sente-se valorizada, tem pensamentos positivos sobre si, sente-se capaz e orgulhosa do seu esforço e sente-se ainda preparada para novos desafios. A autoestima constrói-se, sobretudo, através das relações com os adultos de referência: pais ou cuidadores e a escola assumem um papel preponderante na construção da autoestima da criança. Os pais/cuidadores, sendo a primeira referência de comportamento, comunicação e afetos, exercem uma grande influência sobre a visão que a criança tem de si. Quanto à escola, é importante que os educadores e professores apostem cada vez mais na motivação, adequando a sua atuação à individualidade de cada criança. Enquanto sociedade, devemos transmitir todos os dias que as crianças têm valor apenas pela sua existência, e não pela sua aparência, feitos ou comportamentos. Devemos respeitá-las e transmitir-lhes valor. Os pais/cuidadores, para promoverem a autoestima do seu filho, podem:
É importante, na promoção da autoestima, permitir que a criança possa desenvolver a sua autonomia. Esta, deve ser estimulada através de atividades e tarefas simples, idealmente relacionadas com o autocuidado (escolher a roupa e vestir-se e calçar-se, escovar os dentes e comer sozinha). Estas atividades deverão ser adequadas à fase de desenvolvimento da criança, para que esta as possa executar com o mínimo auxílio possível. Existem fatores considerados como “vilões” da autoestima e que pais e educadores deverão evitar:
Em suma, crianças com autoestima saudável assumem um comportamento mais ajustado e lidam melhor com as adversidades. Cabe a todos nós, como sociedade, contribuir para que, futuramente, tenhamos adultos mais confiantes e felizes. Juntos pela Saúde Mental de Todos Nós ManifestaMente, Filipa Pascoinho Comments are closed.
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Setembro 2023
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