Estas crenças podem estar a ser alimentadas a partir de vários fatores: experiências de vida, baixa literacia em saúde, entre outros. Assim, é muito importante percebermos que Envelhecimento e Demência são temas muito diferentes.
O Envelhecimento é um processo por que todos os seres vivos passam. Pode ser visto como “o feliz ponto de chegada do desenvolvimento humano. Viver mais tempo é fruto de conquistas diversas sob o ponto de vista médico, tecnológico e social.” (Fundação Calouste Gulbenkian, n.d) Desta forma, e tendo em conta o aumento da esperança média de vida, as comunidades locais estão a desenvolver programas para que as pessoas mais velhas envelheçam de forma ativa, ou seja, envelhecer de forma mais saudável e positiva – diminuir o isolamento social (i.e, Projeto Porta 55+ - Viver os dias, combater a solidão), aumentar a atividade física, promover a aquisição de conhecimentos (i.e, universidade sénior) e estimular atividades sociais e de lazer. A partir destes programas, as comunidades locais estão a contribuir para que os idosos vivam “com algum nível de independência, permitindo às pessoas mais velhas manterem autonomia e ligações sociais com amigos e familiares.” (Fundação Calouste Gulbenkian, n.d). As demências, por outro lado, são perturbações neurocognitivas e degenerativas que têm um grande impacto na pessoa, nos seus familiares e amigos. Estas perturbações têm impacto no desempenho cognitivo, na autonomia e nas relações interpessoais das pessoas mais velhas. São várias as formas de classificações deste grupo de doenças. Uma delas divide-as em Primárias – degenerativas, em que a demência é a própria doença - e Secundárias – existe outra patologia que se manifesta por demência. As demências mais comuns são as seguintes:
Quais são os sinais de alerta?
Assim, podemos concluir que Envelhecimento e Demência são temas muito diferentes e, embora relacionados, não são sinónimos. É importante para prevenir o aparecimento de Demência ou atrasar a sua evolução que o processo de envelhecimento seja ativo, procurando estimulação física e cognitiva, o estabelecimento de relações interpessoais significativas e a promoção do contacto com a comunidade local. Ver também: - Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Neuropsicologia Juntos pela Saúde Mental de Todos Nós ManifestaMente, Catarina Silva Referências: -Ageing in Place. Boas Práticas em Portugal. (n.d.). Fundação Calouste Gulbenkian.https://gulbenkian.pt/publications/boas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar/ -Laboratório de Reabilitação Psicossocial. (2020). Demências. A Doença Mental não é um Bicho de Sete Cabeças – Projeto de Literacia em Saúde Mental e Bem-estar. Porto: Laboratório de Reabilitação Psicossocial FPCEUP/ESTSPIPP. Comments are closed.
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