Às vezes os meus amigos fazem bullying. O que posso fazer?

Às vezes acontece vermos uma pessoa de quem gostamos a insultar, gozar, excluir, espalhar boatos, ameaças ou até agredir outra pessoa. Quando não concordamos com o bullying, pode ser difícil reconhecer que esses comportamentos da pessoa de quem gostamos são realmente bullying – podemos ser tentados a arranjar desculpas, pensar para nós que era só uma brincadeira, às vezes até alinhar com o que está a acontecer por causa disso. Outras vezes até reconhecemos que se trata de uma situação de bullying, mas dizemos para nós que não é assim tão grave, ou só acontece às vezes, ou pensamos que o impacto não é assim tão grande. Outras vezes fomos apanhados de surpresa e não sabemos o que fazer.

Em qualquer das situações, o bullying prejudica todos os envolvidos. A pessoa que está a ser alvo de bullying está provavelmente a sofrer com isolamento, ansiedade, tristeza e, em casos mais graves, depressão, podendo vir a sofrer consequências durante a vida adulta. A pessoa que está a fazer bullying também pode vir a ter mais problemas emocionais, de comportamento, e de saúde mental. Ambos têm maior risco de suicídio. Até quem está apenas a assistir pode ser afetado negativamente.

A vantagem de estar na posição de assistir, é termos algum poder para mudar o que está a acontecer:

Se sentes que estás em segurança e acreditas que a pessoa que está a fazer bullying não te vai agredir, podes:

• Interromper a pessoa que está a fazer bullying – Podes dizer algo como: “Isso não é fixe” ou “Deixa-o em paz”. Muitas vezes, as pessoas com comportamentos de bullying recuam quando percebem que o seu comportamento não tem aprovação das outras pessoas.
• Ajudar a pessoa que está a ser alvo do bullying  – Ajudá-la a afastar-se, deixar claro que que não concordas com aquele comportamento e ninguém merece ser tratado assim, perguntar como podes ajudar.

Se sentes que podes também ser agredido:

• Não participes nem reforces o comportamento da pessoa agressora – Mesmo que não estejas a gozar com a vítima, rir ou assistir sem intervir pode dar força ao comportamento agressivo.
• Chama um adulto se necessário – Se a situação for grave ou repetida, fala com um/a professor/a, com um/a encarregado/a de educação ou com alguém que possa intervir. Não é “meter-se onde não é chamado” ou “ser queixinhas”, é fazer o que está certo.

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Estes conteúdos foram produzidos pela equipa multidisciplinar da ManifestaMente em Abril de 2025, no âmbito do Kit Básico de Saúde Mental para Jovens - saber mais.