Ser jovem significa fazer perguntas – muitas perguntas! Quem sou eu? O que gosto de fazer? Em que acredito? Como me vejo no futuro? Durante esta fase, é natural ter dúvidas, mudar de opiniões ou explorar diferentes formas de te expressar. A família, as/os amigas/os, a escola e até o mundo virtual influenciam este processo, contribuindo para a formação da nossa identidade.
Atualmente, as redes sociais e os videojogos são ferramentas muito presentes no dia-a-dia das pessoas mais jovens e podem ter um papel importante na sua autodescoberta. Nas redes sociais, podemos criar versões nossas que refletem quem somos ou quem gostaríamos de ser; nos videojogos, temos a liberdade de experimentar diferentes personagens e cenários, que por vezes funcionam como um espaço seguro para explorar partes da nossa personalidade. Estes ambientes virtuais, quando usados de forma saudável, podem ser aliados no nosso crescimento pessoal, desde que haja um equilíbrio e uma compreensão crítica do impacto que têm nas nossas vidas. A necessidade de nos afirmarmos também faz parte desta fase e não há nada de errado nisso. Querer ver o nosso valor reconhecido e ter um papel no grupo são necessidades naturais do ser humano. O importante é que tenhamos a liberdade de explorar diferentes formas de ser, sem medo de julgamentos. Estar num ambiente inclusivo, onde podemos desenvolver a nossa autenticidade, é essencial para o bem-estar emocional e para fortalecer a nossa autoestima. Para isso, temos que procurar o nosso espaço, o que implica explorar coisas novas: participar em debates e projetos criativos, pertencer a clubes ou outros grupos onde temos a oportunidade de expressar as nossas opiniões, descobrir novos interesses e conhecer pessoas que partilham experiências semelhantes às nossas. Se sentirmos que pertencemos a um grupo onde encontramos amigos que nos compreendem e com quem nos identificamos, conseguimos descobrir melhor quem somos, com segurança e confiança. No entanto, é importante termos atenção para percebermos quando essa necessidade de aceitação pode levar a ceder a pressões que não são saudáveis. Sinto-me perdida/o
Não estou a conseguir perceber quem sou nem o que quero da minha vida. O que posso fazer?
Sentires-te “perdido/a” faz parte do crescimento, e é algo por que muitas pessoas passam, especialmente na adolescência e juventude. Não precisas de ter todas as respostas agora – a vida é uma construção contínua. Se não sabes bem quem és ou o que queres para o futuro, experimenta explorar diferentes interesses, falar com pessoas que te inspirem e dar-te espaço para descobrir, sem pressa. Às vezes, pode ser útil escrever sobre o que estás a sentir ou procurar apoio num amigo próximo, familiar, professor ou psicólogo. O mais importante é que saibas que não precisas de enfrentar tudo sozinho (temos sugestões sobre como podes explorar o teu futuro aqui). Ler também
O que é que eu faço ao meu futuro?
Não consigo decidir o meu futuro. O que devo fazer? Nada me desperta interesse. Nada me motiva. O que posso fazer? Estou em stress. E agora? A minha saúde mental: Manter, melhorar, prevenir Isto é normal? A descoberta da nossa sexualidade e identidade de género O que é isto de questões étnicas e raciais O que é isto de neurodiversidade? Porque é que a diversidade é tão importante para nós, jovens? Discriminação existe e eu vejo-a todos os dias Bullying existe e eu vejo-o todos os dias Como posso ser uma pessoa mais inclusiva? Estes conteúdos foram produzidos pela equipa multidisciplinar da ManifestaMente em Abril de 2025, no âmbito do Kit Básico de Saúde Mental para Jovens - saber mais.
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