Falar de imagem corporal hoje em dia é como tentar montar um puzzle. Um dia é “sê natural”, no outro é “usa filtro”, depois é “aceita-te como és”, mas com um “dentes branqueados e abdominais incluídos”. Confuso? Sim. Realista? Nem por isso.
1. O corpo perfeito não existe (mas a comparação está em todo o lado). Sabias que cerca de 80% dos jovens já se sentiram mal com o seu corpo por causa das redes sociais? Estamos constantemente a ser expostos a imagens super editadas, com luz perfeita, ângulos pensados e apps de retoque. O pior é que o nosso cérebro acredita que aquilo é real, mesmo sabendo que é editado, porque ele processa as imagens de forma emocional, antes da forma racional. Resultado? Começamos a achar que o nosso corpo “devia ser diferente”. 2. O problema não és tu – é o filtro (literal e figurativamente). Sabemos que uma imagem corporal negativa está associada a: ansiedade e baixa autoestima, perturbações do comportamento alimentar (como anorexia ou bulimia), depressão e isolamento social. Mas atenção: não estás sozinho/a se já te sentiste assim. Todos (mas mesmo todos) temos momentos em que não gostamos de partes do nosso corpo. A diferença está em como lidamos com isso. 3. Queres um corpo saudável? Então trata-o como um aliado, não como um inimigo. O teu corpo não é um objeto decorativo, é uma ferramenta incrível: leva-te à escola, dança contigo, dá-te abraços, dorme quando estás exausto/a, chora quando precisas e até sobrevive a domingos inteiros a ver séries e comer snacks. Cuidar da nossa imagem corporal passa por:
4. A beleza real é diversa, dinâmica e imperfeita — e ainda bem! O conceito de “corpo ideal” muda consoante a cultura, a moda e até a década. Em 1920 o ideal era ser super magro. Nos anos 90, andava-se a tentar parecer invisível. Hoje é um misto de “fit, mas não muito musculado”, “curvas, mas sem celulite” e “natural, mas com glow” — enfim, uma receita impossível. Por isso, se o padrão é inatingível e muda constantemente… então talvez o problema seja mesmo o padrão, não tu. Ler também
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