Como evitar que a/o meu/minha adolescente seja alvo de discriminação?Pode ser desafiante evitar que a pessoa ao seu cuidado seja discriminada, pois nem sempre é possível controlar o comportamento das outras pessoas. No entanto, algumas estratégias podem ajudar a minimizar o risco e permitir lidar melhor com potenciais situações de discriminação: 1. Fortalecer a sua autoestima: ensinar a valorizar a sua identidade e as suas características únicas. Mostrar que tem qualidades importantes e que deve orgulhar-se de quem é. Incentivar atividades que promovam a autoconfiança, como o desporto, artes ou grupos comunitários. 2. Educar sobre os seus direitos: explicar que ninguém tem o direito de tratar uma pessoa de forma injusta por causa da sua cor da pele, etnia, género, religião, deficiência ou qualquer outra característica. Ensinar a identificar situações de discriminação e a agir de forma segura. 4. Incentivar grupo de amigos positivos: estimular amizades com jovens que partilham valores de respeito e empatia. Ensinar a importância de estar em ambientes onde se sinta aceite e valorizado. 5. Conversar com a escola: escolher uma escola que valorize a diversidade e tenha políticas contra discriminação. Falar com professores/as e coordenadores/as para garantir que um ambiente inclusivo é promovido. Caso perceba qualquer sinal de discriminação, intervir rapidamente e articular com a instituição. 6. Dar o exemplo em casa: evitar discurso ou atitudes preconceituosas no dia a dia. Ensinar sobre a importância da empatia e do respeito pela diferença. Embora não seja possível eliminar totalmente o risco de discriminação, estas medidas podem ajudar a/o adolescente a crescer com mais segurança, preparação e ferramentas para lidar com estes desafios sociais. O que fazer quando a/o meu/minha adolescente é alvo de discriminação?Se a pessoa ao seu cuidado está a ser alvo de discriminação, é importante agir para protegê-lo e orientá-lo. Aqui estão algumas medidas que pode tomar: 1. Ouvir e apoiar: mostrar que ela pode confiar e falar abertamente sobre o que aconteceu. Validar os seus sentimentos e mostrar que ela não está sozinha. Reforçar que não tem culpa do sucedido. 2. Conversar com a escola ou instituição: se a discriminação aconteceu na escola, entrar em contato com professores, coordenadores ou a direção para relatar o caso. Discutir que medidas podem ser tomadas para evitar que isto se repita. Se necessário, pedir apoio de um psicólogo. 3. Ensinar a reagir à discriminação: ajudar a desenvolver autoconfiança para lidar com situações de preconceito. Ensinar estratégias como não responder às provocações ou responder com calma e procurar sempre um adulto de confiança. Incentivar que se rodeie de amigos e pessoas que o apoiem. 4. Denunciar casos graves: se houver discriminação sistemática, bullying ou violência, pode denunciar formalmente ao Ministério Público ou órgãos de direitos humanos. A lei n.º 93/2017, de 23 de agosto estabelece o regime jurídico da prevenção, da proibição e do combate à discriminação, por origem racial e étnica, cor, nacionalidade, ascendência e território de origem. 5. Promover o respeito e a autoestima: ensinar sobre diversidade e o valor da sua identidade. Partilhar exemplos inspiradores e de superação. Ler tambémDiscriminação e bullying A/o meu adolescente está a ser vítima de bullying. O que devo fazer? Misoginia online e a adolescência Sexualidade e identidade de género Questões étnicas e raciais Neurodiversidade Deficiência Adolescência e saúde mental: diversidade, autoestima, pertença, pressão de pares e vida online Estes conteúdos foram produzidos pela equipa multidisciplinar da ManifestaMente em Abril de 2025, no âmbito do Kit Básico de Saúde Mental para Jovens - saber mais.
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