A maioria dos/as adolescentes tem uma boa saúde mental, mas as mudanças físicas, emocionais e sociais, incluindo a desestruturação familiar, o desemprego, as crescentes pressões académicas e ocupacionais, a exposição à pobreza, o abuso ou a violência, podem tornar os adolescentes vulneráveis a problemas de saúde mental. Quanto mais fatores de risco a que os adolescentes forem expostos, maior o potencial impacto na sua saúde mental. Algumas pessoas adolescentes poderão estar em maior risco de desenvolver problemas de saúde mental devido a factores internos e externos, como as suas condições sócio-económicas, estigma, discriminação, exclusão, ou falta de acesso a apoio e serviços de qualidade. Não dar a resposta adequada aos problemas de saúde mental dos/as adolescentes irá contribuir para a sua permanência e potencial agravamento durante a idade adulta, com impacto físico, mental e social. As perturbações mentais diagnosticáveis afetam cerca de uma em cada sete (14%) das crianças e jovens entre os 6-18 anos de idade, ao redor do mundo. Metade de todas as patologias mentais começam aos 14 anos de idade, mas a maioria, embora tratáveis, passam despercebidas e não são diagnosticadas até à idade adulta. O contexto escolar, onde as crianças e jovens passam uma grande parte do seu dia e desenvolvem relações significativas, desempenha um papel crucial na promoção da saúde mental. No entanto, a literacia em saúde mental dentro das famílias é igualmente fundamental. Quando os pais e cuidadores estão informados sobre saúde mental, aprendendo a identificar sinais de alerta e a entender as necessidades emocionais dos/as adolescentes, eles tornam-se aliados essenciais no apoio ao bem-estar dos/as jovens. As famílias que promovem um ambiente de comunicação aberta e compreensão emocional darão uma maior oportunidade aos/às jovens para falarem sobre suas experiências e desafios, reduzindo o estigma e fortalecendo a resiliência. Esse poder de promoção da saúde mental pode ser muito significativo quando os pais, cuidadores e jovens trabalham juntos. Ao se envolverem em conversas significativas sobre emoções e saúde mental, as famílias constroem laços mais fortes e estabelecem um apoio mútuo que é fundamental. Incentivar hábitos saudáveis, como o exercício físico, a prática de mindfulness e a participação em atividades sociais, não só melhora a saúde mental, como também reforça a conexão familiar. Dessa forma, os pais e cuidadores têm a oportunidade de não apenas apoiar, mas também de modelar comportamentos saudáveis nos/as seus/suas adolescentes, promovendo um ciclo de bem-estar que pode ter efeitos duradouros nas suas vidas. Ler tambémDesafios do/a meu/minha adolescente: É normal ou é um problema? Sinais de alerta relativos à saúde mental do/a meu/minha adolescente Como ajudar o/a meu/minha adolescente com questões de saúde mental? Saúde mental do/da meu/minha adolescente Saúde mental do meu adolescente (e minha): Manter, melhorar, prevenir O/a meu/minha adolescente e saúde mental: diversidade, autoestima, pertença, pressão de pares e vida online Stress e o/a meu/minha adolescente Estes conteúdos foram produzidos pela equipa multidisciplinar da ManifestaMente em Abril de 2025, no âmbito do Kit Básico de Saúde Mental para Jovens - saber mais.
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