Por mais que queiramos ajudar, não é possível obrigar ninguém a recorrer a si para obter apoio, são as próprias pessoas que escolhem a quem querem recorrer. No entanto, pode criar um ambiente que ajude a construir confiança e encoraje a pessoa jovem a falar sobre a sua saúde mental. No entanto, antes de cuidar de alguém, é importante tomar conta de si e verificar se está preparado/a para uma conversa deste género. Qual é a melhora altura? Pode acontecer que, ao perguntar como se está a sentir, ele/a não se sinta confortável em partilhar consigo naquele momento. Não leve isso a peito e volte a tentar. As pessoas jovens reportam que, mesmo que não aceitem a primeira oferta para conversar, é importante fazer essa oferta novamente. Pode ser preciso mais do que uma abordagem antes que seja possível iniciar uma partilha, mas só o facto de as lembrar de que está disponível caso precisem pode ser o início de uma relação de confiança. Por vezes, pode achar que precisa de encontrar o momento perfeito para conversar, mas qualquer momento pode ser um bom momento. Aqui estão alguns exemplos de situações que podem funcionar bem:
Como posso iniciar a conversa?Se não souber como iniciar uma conversa sobre saúde mental, comece como faria com qualquer outro tema. O/a professor/a conhece o/a seu/sua aluno/a e o seu contexto. Por outro lado, não terá de ser uma conversa “longa”. Pode começar por perguntar: "Como estás?" ou dizendo: "Notei que estás um pouco em baixo/chateado/a/zangado/a hoje, queres conversar?". Nem precisa de ser apenas quando está preocupado/a – fazer estas perguntas de forma regular leva a que, quando algo se passar na vida do/a jovem, este/a saberá que pode contar consigo para falar. Como devo abordar um(a) aluno/a com que estou preocupado/a? Aborde a situação de forma cuidadosa e empática. Evite acusações e crie um momento seguro para que o/a seu/sua aluno/a se sinta à vontade para partilhar o que sente. Escute verdadeiramente. Se o/a jovem decidir partilhar, ouça atentamente, sem julgamentos. Demonstre compreensão e apoio. É importante ele sentir que pode falar livremente sobre as suas experiências. Exemplo de abordagem: "Tenho vindo a notar que tens estado diferente ultimamente e queria saber se está tudo bem. Estou aqui para ouvir, se quiseres conversar”. São estratégias úteis para abordar um aluno:
Uma primeira abordagem pode não ter o resultado esperado. Não desanime nem desista. Mostre que está disponível para o/a ouvir quando estiver preparado e desejar. Ler tambémO que é a gestão emocional Como fazer com que os/as meus/minhas alunos/as confiem em mim? Como ajudar um(a) aluno/a que venha ter comigo? Tenho um(a) aluno/a com comportamento difícil Ambiente escolar saudável Relações saudáveis entre os/as alunos/as Adolescência e saúde mental: autoestima, pertença, pressão de pares e vida online Como promover a inclusão na minha sala de aula? Discriminação e bullying na escola Quando os meus alunos são vítimas ou fazem bullying Estes conteúdos foram produzidos pela equipa multidisciplinar da ManifestaMente em Abril de 2025, no âmbito do Kit Básico de Saúde Mental para Jovens - saber mais.
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