A exploração da sexualidade e da identidade de género é um aspeto fundamental da construção identitária da adolescência. Este período é marcado pela descoberta e compreensão da própria orientação sexual e pela afirmação de género, que podem ser desafios complexos, especialmente em contextos onde predominem preconceitos ou falta de informação. Nos últimos anos tem havido cada vez mais investigação na área da sexologia, o que tem permitido explorar aprofundadamente a experiência humana e definir diversos conceitos com maior precisão. Alguns conceitos fundamentais a esclarecer são:
Nesta conceção, estas dimensões são encaradas como espectros, relativamente independentes uns dos outros. Podemos pensar no que é mais frequente, como alguém que nasce com os cromossomas XX (sexo feminino), identifica-se com uma mulher e é heterossexual. Mas isso não pode apagar as outras vivências humanas, que existem e são válidas. No campo da sexualidade, uma boa regra é que desde que haja maturidade e capacidade para conhecer as próprias necessidades e limites, e a exploração ocorra dentro de consentimento de todas as partes, está tudo certo. A homofobia e transfobia, isto é, a discriminação e o ódio dirigido a pessoas LGBTQIA+, são fenómenos reais, com impacto profundo nas vidas das pessoas afetadas, em particular na sua saúde mental. Como abordar este tema na sala de aula? Deixamos algumas sugestões para a elaboração de um programa de educação sexual inclusivo que ajude adolescentes a compreender melhor o seu corpo, as suas emoções e as suas relações:
Fale sobre estes temas de forma natural e informada, respeitando a maturidade dos/as estudantes. Use materiais educativos adequados (temos sugestões de recursos para pensar e sentir) e promova debates ou atividades que incentivem o respeito pelas diferenças. Se alguém se abrir consigo sobre a sua identidade de género ou orientação sexual, ouça a pessoa sem julgamentos e assegure um ambiente seguro. Estes conteúdos foram produzidos pela equipa multidisciplinar da ManifestaMente em Abril de 2025, no âmbito do Kit Básico de Saúde Mental para Jovens - saber mais.
0 Comments
Leave a Reply. |