Sou uma figura pública. Como posso ajudar?
As figuras públicas têm um poder extraordinário de influência sobre a opinão pública. Precisamos urgentemente de, como sociedade, começar a olhar para a saúde mental de outra maneira: com mais compreensão, empatia, conhecimento. Neste momento estamos à mercê do estigma e do preconceito e não só demoramos anos a pedir ajuda, como vivemos mais infelizes. Obrigada desde já por considerarem usar o vosso palco para melhorar a saúde mental de todos nós. Eis algumas maneiras como podem contribuir:
Ser um exemplo positivo na esfera pública no que toca à saúde mental. |
Partilhar informação idónea sobre saúde mental (temos sugestões). |
Divulgar o Kit Básico de Saúde Mental e incentivar as pessoas a aprender o básico sobre saúde mental. |
Participar em iniciativas ligados à saúde mental. Acontecem durante todo o ano, e sem falta a 10 de Setembro, dia mundial da prevenção do suicídio e 10 de outubro, dia mundial da saúde mental. |
Falar publicamente sobre a minha saúde mental pode ajudar muitas pessoas a dar o primeiro passo para pedir ajuda. Tudo sobre como fazê-lo em baixo. |
Falar publicamente da minha saúde mental
Falar de saúde mental na primeira pessoa e partilhar publicamente as nossas histórias sobre saúde mental e suicídio pode ajudar a salvar vidas e a criar uma cultura mais protectora da saúde mental - mas só se feito com cuidado, responsabilidade e segurança. Ouvir estas histórias faz com que nos sintamos menos sozinhos, lembram-nos que existe sempre ajuda disponível e mostram-nos que é possível recuperar. A experiência de partilhar a minha história pode ser muito gratificante e ter um impacto significativo na quebra do estigma associado à saúde mental.
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Decidir se é bom para mim
Antes de avançarmos para qualquer partilha pública sobre a nossa história, é importante para ter alguns cuidados em consideração, podermos fazê-lo de forma segura para nós próprios:
Preparar-me para partilhar
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O que dizer
Contar histórias que falem dos nossos desafios ao mesmo tempo que falam das nossas conquistas para além da saúde mental, ajudam a combater o estigma e a discriminação sofrida pelas pessoas com problemas de saúde mental. Exemplos de conteúdos muito valiosos para partilhar são:
É importante ter presente que podemos ter pessoas em grande sofrimento, a ouvir/ler/ver a minha história e por isso é importante incluir informação sobre recursos disponíveis (por exemplo a página da ManifestaMente para quem precisa de ajuda) e ter especial cuidado quando se fala sobre suicído (ver em baixo). Por outro lado, podemos ter também pessoas com vontade de ajudar a ouvir a nossa história, que não saibam como faze-lo. Assim, pode ser também muito importante indicar formas como podemos todos contribuir (temos muitas ideias na página da manifestamente sobre como ajudar ou então sugerir que vejam o kit básico de saúde mental é sempre boa ideia). O que NÃO dizer
Alguns conteúdos podem ser prejudiciais para as pessoas a ouvir a nossa história, que estejam com problemas de saúde mental. Para evitar isso, é importante ter alguns cuidados:
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Inspirado e adaptado de: Be Vocal | American Foundation for Suicide Prevention | Way Ahead Revisto em 2020.09.08
Conheço uma figura pública. Que posso fazer?
As figuras públicas recebem constantemente convites para apoiar diferentes causas. É provavel que as pessoas com mais propensão para querer contribuir para a causa da saúde mental sejam aquelas que já passaram por uma experiência de doença mental ou acompanharam alguém próximo passar por isso. Conhecem uma figura pública que poderá ter interesse e sensibilidade para vestir a camisola da saúde mental? Experimentem partilhar com ele/a esta página. Falar um pouco dos motivos pelos quais esta causa é importante para vocês poderá motivar a pessoa a abraçá-la também. Mas é importante lembrarmo-nos que falar em nome da saúde mental não é uma decisão que se tome de ânimo leve, por isso é importante respeitar o tempo que cada pessoa precisar para tomar essa decisão, assim como compreender com empatia e respeito se a decisão fôr não. Todos temos a responsabilidade de cuidar da nossa saúde mental em primeiro lugar, e isso inclui o respeito pelos nossos próprios limites, figuras públicas incluídas.