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A saúde mental das crianças refugiadas

2/8/2023

 
Fotografia
Nos últimos anos, tem-se assistido a um aumento do número de crianças refugiadas no mundo. Muitas delas tornam-se refugiadas ainda dentro do útero materno. Os conflitos, as perseguições, a fome e as alterações climáticas são alguns dos motivos que forçam estas crianças e suas famílias a abandonar o seu país de origem (UNICEF, 2021)
Algumas das crianças são provenientes de países tais como Afeganistão, Síria, Paquistão, Bangladesh, Somália, Egito e Congo (segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, SEF, 2023). No decorrer do processo de saída do seu país de origem, muitas destas crianças acabam por perder a sua família, tornando-se assim menores desacompanhados.

Até encontrarem segurança num outro país, muitas delas são vítimas de violência, exploração, discriminação e abuso As situações a que são expostas contrastam totalmente com as suas necessidades fisiológicas e desenvolvimentais. Estas experiências podem traduzir-se em stress pós-traumático, depressão, isolamento, ansiedade, alterações do comportamento e distúrbios do sono (segundo dados da UNICEF, 2021).

Contudo, a existência de fatores protetores, tais como, competências socioemocionais, uma vinculação segura e apoio social e comunitário, podem condicionar uma resposta adaptativa diferente nestas crianças, evidenciando-se por vezes, uma resiliência notável. 

Quando as crianças e famílias refugiadas chegam a um país de acolhimento, como Portugal, procuram segurança e respeito pelos direitos que lhe são fundamentais. Um dos direitos consagrados na Convenção dos Direitos da Criança é a promoção da sua saúde mental (UNICEF, 2019).

De modo a promover a saúde mental e o bem-estar das crianças refugiadas, devem ser implementadas medidas a nível individual, familiar e comunitário, tais como (OMS, 2018):
  • Psicoeducação;
  • Apoio aos pais/familiares;
  • Programas educativos;

Psicoeducação
As experiências vividas pelas crianças refugiadas no seu país de origem, no seu percurso e à chegada ao país de acolhimento representam um fator de risco importante para o desenvolvimento de diferentes sintomas. Algumas crianças vão precisar de ajuda especializada para gerir as suas emoções e para atribuir novo significado às vivências negativas, sendo importante educar sobre sinais de alerta e formas de pedir ajuda.

Apoio aos pais/família
Os programas de promoção da saúde mental das crianças refugiadas devem envolver sempre os pais/família/cuidadores principais, capacitando-os para lidar com as suas emoções e comportamentos. Contudo, podem existir situações em que também os pais precisem de ajuda especializada. Nestas situações, a restante família assume um papel importante, sendo um recurso de suporte fundamental.

Programas Educativos
Um conjunto de evidências tem demonstrado a importância da implementação de programas educativos na promoção da saúde mental das crianças refugiadas, nos países de acolhimento. Sendo a escola um espaço idealmente inclusivo, devem ser promovidas intervenções que diminuam a discriminação e a exclusão social de que muitas vezes estas crianças e famílias são alvo. Para isso é importante envolver as crianças refugiadas e suas famílias nas atividades escolares, promovendo o respeito pela multiculturalidade e debatendo o tema dos direitos humanos no seio da comunidade escolar (Frounfelker et al., 2020). Os profissionais da educação também devem ser capacitados para promover a saúde mental e o bem-estar das crianças em meio escolar, permitindo assim apoiá-las e identificar sinais de alerta. 

Para dar resposta às necessidades de saúde mental das crianças refugiadas é necessária uma estratégia conjunta com os diversos sectores da sociedade. Um acolhimento e integração com dignidade irão promover o seu desenvolvimento e permitir que adquiram competências para ultrapassar as adversidades vividas.

Juntos pela Saúde Mental de Todos Nós
ManifestaMente, Marta Martins

Referências:
1. Bürgin, D., Anagnostopoulos, D., Doyle, M., Eliez, S., Fegert, J., Fuentes, J., ... Fegert, J. M. (2022). Impact of war and forced displacement on children’s mental health — multilevel, needs-oriented, and trauma-informed approaches. European Child and Adolescent Psychiatry, 31(6), 845–853. https://doi.org/10.1007/s00787- 022-01974-z;
2. Frounfelker, R. L., Miconi, D., Farrar, J., Brooks, M. A., Rousseau, C., & Betancourt, T. S. (2020). Mental health of refugee children and youth: Epidemiology, interventions, and future directions. Annual Review of Public Health, 41, 159–176. https://doi.org/10.1146/annurev-publhealth-040119-094230;
3. Hodes, M. (2019). New developments in the mental health of refugee children and adolescents. Evidence-Based Mental Health, 22(2), 72–76. https://doi.org/10.1136/ebmental-2018-300065;
4. Lopes, S. M., & Machado, R. (2023). Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo 2022. Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Obtido de http://sefstat.sef.pt/Docs/Rifa_2014.pdf;
5. Montgomery, E. (2022). Refugee children’s mental health and development-A public health problem in Europe. Torture, 32(1–2), 163–171. https://doi.org/10.7146/torture.v32i1-2.131756;
6. UNICEF. (2021). The State of the World’s Children 2021: On My Mind – Promoting, protecting and caring for children’s mental health, UNICEF, New York, October 2021. Unicef. New York. Obtido de https://www.unicef.org/media/114636/file/SOWC-2021-full-report-English.pdf;
7.UNICEF. (2019). Convenção sobre os Direitos da Criança e Protocolos Facultativos. Obtido de https://www.unicef.pt/media/2766/unicef_convenc-a- o_dos_direitos_da_crianca.pdf;
8. WHO Regional Office for Europe. (2018). Health of refugee and migrant children -Technical guidance. WHO. Obtido de https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/342285/9789289053792- eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y;

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