Cuidar de um familiar é um ato de dedicação e afeto, mas pode ser também uma jornada solitária e desgastante. Entre a preocupação constante e a exaustão física, muitos cuidadores informais negligenciam a própria saúde, acumulando stress sem o devido suporte. Compreender os desafios desta função e adotar estratégias eficazes para gerir a sobrecarga emocional é essencial para garantir o bem-estar de quem cuida.

Uma das questões mais frequentes que me colocam enquanto psicóloga é quando devem procurar ajuda psicológica. A minha resposta revela sempre que o devem fazer assim que sintam que algo não está bem. No entanto, muitas vezes, só tomamos essa consciência quando os sintomas já estão numa intensidade aguda, o que prolonga o mal-estar, a dor e o sofrimento.

​Será que nas interações que temos com os outros, seríamos capazes de identificar os sinais de alerta que nos mostram no que se refere a saúde mental? A verdade é que ninguém vem com um manual de instruções e por isso precisamos de aplicar ferramentas como a empatia para podermos compreender e ajudar o outro. Vamos ativar o modo detetive e perceber quais são estes sinais de alerta?

Nos últimos anos, tem-se assistido a um aumento do número de crianças refugiadas no mundo. Muitas delas tornam-se refugiadas ainda dentro do útero materno. Os conflitos, as perseguições, a fome e as alterações climáticas são alguns dos motivos que forçam estas crianças e suas famílias a abandonar o seu país de origem (UNICEF, 2021)

A interação com o mundo digital é inevitável no nosso quotidiano, principalmente na adolescência. Atualmente, todos vivemos rodeados de smartphones, tablets e outros equipamentos que facilitam a interação com uma comunidade alargada e global. Os adolescentes, em particular, vivem e acompanham as vivências dos seus pares através de redes sociais, numa perspetiva de extensão da sua “vida real”. A acessibilidade a este mundo digital torna-os, assim, mais suscetíveis ao desenvolvimento de Fear of Missing Out (FoMO).​

É comum ouvir-se dizer que não há saúde sem saúde mental. Acredito que grande parte das pessoas concorda com esta afirmação. O que pode ser mais complexo é saber o que é saúde mental e o que podemos fazer, individual e coletivamente, para a manTer. 

Retomar o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio (PNPS) foi um compromisso do então Programa Nacional para a Saúde Mental em 2019. A pandemia dificultou, mas não parou, este propósito. Retomar o PNPS implicou pragmatizar as ações a desenvolver e assumir que não se conseguiria recuperar o tempo perdido. Escolheram-se, por isso, cinco áreas prioritárias para a retoma - desenvolvimento de campanhas de sensibilização e informação, investimento na formação, ações dirigidas a públicos específicos, redução do acesso a meios letais, definição do trajeto das pessoas no SNS, nomeadamente com redefinição das redes de referenciação e criação de equipas comunitárias de saúde mental.  

No momento em que o mundo presenciou o aparecimento da pandemia por Covid-19, em março de 2020, a Psicologia, ciência que tem como objeto de estudo os processos mentais e o comportamento humano, assumiu uma visibilidade exponencial e uma ação fundamental durante este período de dois anos no âmbito da prevenção/promoção da Saúde Mental na sociedade.

Talvez nunca tenha pensado muito nisso, mas a saúde mental e a saúde oral estão intimamente ligadas. Uma impacta continuamente a outra. 

Sabia que as pessoas com doenças mentais graves têm 2,7 vezes mais probabilidade de perder todos os dentes do que a população em geral?