Joaquin Phoenix recebeu um muito merecido Globo de Ouro, Bafta e Óscar pelo seu brilhante desempenho no filme Joker. E embora as alterações climáticas mereçam toda a atenção do mundo, gostaríamos de ter ouvido mais, nos seus discursos, sobre o tema central do filme: a saúde mental. Neste contexto, quis partilhar a minha a experiência, Débora, quando vi o filme. O que terá acontecido para que tantos risos ecoassem naquela sala de cinema quando o anão não conseguiu abrir a porta? O riso pode ser despoletado como reacção a muitas coisas. O desconforto, a angústia,... podem ser um gatilho. Não adianta vir gritar que o Joker é um grande filme se for "apenas" pela prestação fenomenal de Joaquin Phoenix. Um filme que imaginamos ter lugar nos anos 80/90, altura em que certa e infelizmente ainda não se verbalizavam mensagens sobre doença mental como o Joker faz. E se o faz, é precisamente para que não haja desculpas para não apre(e)ndermos a mensagem. Estão lá de mão beijada. Caso restem dúvidas, tento simplificar:
Antes de se rirem da diminuição alheia ou aplaudirem o desempenho de um grande ator, perguntem-se se a mensagem de um grande filme realmente vos entrou e como podem pô-la em prática no dia-a-dia. Senão, é arte em saco roto. Comecem por não cair no estereótipo. Porque rir de um palhaço ou de um anão (mesmo que ele se ria dele próprio, o que nem foi o caso) é o mesmo que começar uma frase com "eu não sou racista, mas". Tenho a certeza que o Joaquin Phoenix também agradece. Juntos pela Saúde Mental de Todos Nós, ManifestaMente, Débora Miranda Comments are closed.
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Novembro 2024
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