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Regresso às aulas: mente sã, estudante são

11/11/2019

 
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Com o recomeço das aulas, as nossas preocupações enquanto pais e encarregados de educação vão no sentido de promover uma adaptação e uma integração bem-sucedidas, que facilitem as aprendizagens e o desenvolvimento harmonioso das nossas crianças. Listas de material escolar, roupa e equipamento adequado, livros escolares e inscrições nas mais variadas atividades extracurriculares fazem parte do afã que caracteriza o “regresso às aulas”.  

Todos estes recursos são importantes, mas o que dizer de outros fatores críticos para um ano escolar bem-sucedido?
As crianças não carregam apenas as mochilas para a escola, com o material pedido para cumprirem as atividades escolares. Carregam fatores protetores, ou de risco, trazidos das suas vivências e experiências globais que terão um impacto significativo no seu aproveitamento. Falamos de fatores como a capacidade para enfrentar os desafios colocados no quotidiano e como o seu bem-estar emocional e que estão grandemente relacionados com a sua saúde mental. Dado que a saúde mental não é apenas a ausência de doença mental, como podemos proteger as nossas crianças das ameaças à sua saúde que por vezes enfrentam na escola, ou fora dela, como o stress, a ansiedade, o bullying?

Os números são preocupantes: uma em cada 5 crianças terá, em algum momento da sua infância ou adolescência, experiência de doença mental. Muitas destas crianças (estima-se que cerca de 70%) não terá adequado acompanhamento terapêutico. 
Além da própria instituição escola, a família desempenha um papel essencial na contribuição para os fatores de proteção mencionados, uma vez que assegura o principal apoio emocional e material das crianças e jovens em idade escolar. Assim, enquanto parte do sistema educativo, os pais têm um papel crítico na preparação das crianças e adolescentes para enfrentarem os desafios que encontrarão na escola e na prevenção da doença mental em fases tão precoces das suas vidas.
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Os fatores protetores que os pais podem ajudar os estudantes a desenvolver são:

  • Sentido de pertença:  é essencial na espécie humana e é a base de uma adaptação positiva, da auto-identificação e da capacidade de confiar tanto no sistema como em si próprio. É estabelecida inicialmente e de forma muito vinculativa com os cuidadores primários, normalmente os pais, nos primeiros anos de vida da criança e é um fator preventivo de comportamentos desajustados em idade adulta. Esse sentido de pertença vai sendo alargado à medida que o mundo da criança se vai expandindo e ela entra no sistema escolar. Para que o sentido de pertença ao meio escolar se estabeleça de forma saudável e fluida, a criança procurará na família pistas para o desenvolvimento de relações de confiança com a escola. Por isso, enquanto pais, a forma como nos relacionamos com a escola enquanto instituição, com os professores e com o pessoal de apoio, ditará de forma significativa a forma como as nossas crianças se sentirão na escola – seguras, acolhidas, integradas,  ou não. Mostrarmos interesse nas atividades, marcarmos presença em alturas importantes no calendário escolar, procurarmos conhecer os professores e manter uma comunicação eficaz, respeitosa e apreciativa com a escola dará pistas positivas às nossas crianças.
 
  • Adaptação à mudança: há um aparente paradoxo na educação – o da necessidade de estabelecer rotinas e ao mesmo tempo a necessidade de capacitar a criança para a mudança. As rotinas desempenham um papel muito importante porque permitem um ambiente estruturado, onde a criança se sente segura e competente. Especialmente nos primeiros anos de vida, esta estrutura dá à criança os alicerces de um desenvolvimento harmonioso, dado que lhe proporciona domínio do ambiente e segurança. Porém, a mudança é uma constante na vida e a habilidade de transição entre o conhecido e o desconhecido, a capacidade de adaptação e a resiliência são competências essenciais que podem ser desenvolvidas desde cedo. Nos primeiros anos, o papel dos pais deve ser o de preparar a criança para a mudança, informando-a antecipadamente sempre que possível, permitindo, assim, uma diminuição da ansiedade e do stress perante a novidade. Igualmente útil será envolver a criança na mudança, devolvendo-lhe algum controlo da situação, de acordo com a sua idade e capacidade. Manter a escola informada sobre mudanças em contexto familiar e procurando acompanhar mudanças no contexto escolar também poderão promover mudanças menos desorganizadoras para a criança. Na base de todos estes processos deve estar a garantia de que a relação, enquanto elemento chave do bem-estar emocional da criança, não será afetada e que continuará a proporcionar a segurança, a conexão e o afeto que ela tanto necessita.
 
  • Reconhecimento e validação: é uma necessidade de todos os seres humanos e para os mais jovens a contribuição da validação externa para o reforço de comportamentos desejados é muito significativa. As notas escolares são importantes fontes de reconhecimento, mas se queremos reforçar comportamentos e não apenas aquisições académicas, devemos também reconhecer e transmitir à criança apreço em relação a comportamentos que revelem autocontrolo, gratidão, paciência, respeito, compaixão e solidariedade para com o outro, e que promovem uma mente saudável. Igualmente importante é reconhecer os sentimentos que poderão estar na base de um comportamento considerado menos adequado. Mesmo quando a “criança se porta mal”, validar os sentimentos da criança, não o comportamento, compreender de onde vem aquela resposta e apontar-lhe uma alternativa comportamental mais adequada poderão contribuir para respostas mais positivas no futuro.
 
  • Fazer a diferença: Esta competência é muito apreciada no @manifestaMente e está na base daquilo que é a nossa atuação. Acreditamos mesmo que todos podemos fazer a diferença e devemos assegurar às nossas crianças que assim é. Comportamentos pró-sociais aumentam a nossa auto-estima, promovem a conexão, reforçam a responsabilidade individual e também aumentam a oportunidade de reconhecimento. Encorajar a criança a participar nas atividades da sala de aula, na ajuda a colegas, ou a outros elementos da escola, em grupo ou individualmente, na escola ou ao redor desta, ajudará a promover sentido de comunidade e poderá contribuir para comportamentos cívicos no futuro. No entanto, dar o exemplo é, e será sempre, a forma mais eficaz de transmitir estes valores.
 
  • Resiliência e sentido de realização: a resiliência é um conceito que compreende a habilidade de se recuperar de contrariedades e adversidades, mantendo a capacidade de redefinir objetivos e prossegui-los. Perante fatores de risco semelhantes – como a pobreza, desestruturação familiar, doença – a evidência demonstra que consoante a resiliência demonstrada, os resultados podem ser muito diferentes, em circunstâncias muito semelhantes. Enquanto educadores podemos transmitir a importância de se olhar de forma diferente para o erro, de aceitar as contrariedades sem se sentir derrotado por elas e de ver na adversidade uma oportunidade de crescimento. Desta forma, poderemos ajudar a criança a enfrentar os desafios de forma mais construtiva e a evitar encarar as contrariedades como falhanços pessoais, antes, apontar-lhe para uma visão mais global e enquadrar o acontecimento de forma equilibrada. Recentrar objetivos, focar-se na aprendizagem e investir numa nova tentativa serão ferramentas críticas para um futuro bem-sucedido, para um autoconceito mais positivo e para uma saúde mental mais protegida.

É importante também que a criança comece a compreender a importância que as suas ações têm na realização dos seus objetivos. A autoeficácia é uma habilidade muito importante para um percurso académico produtivo e para o sentido de realização pessoal. Enquanto crença de que somos capazes, permite-nos enfrentar os desafios perante os quais somos colocados, porque conseguimos estabelecer uma relação entre aquilo que fazemos e os resultados que atingimos. Ou seja, a autoeficácia permite-nos reconhecer as áreas sobre as quais temos controlo e sobre as quais podemos agir para a prossecução dos nossos objetivos. E quando assim não é, quando as coisas não estão no âmbito da nossa capacidade de ação, permite identificar o momento de pedir ajuda. Esta é a base de uma vida saudável – agir de acordo com as nossas capacidades e procurar ajuda quando nos sentimos ultrapassados pelas circunstâncias, exaustos ou sem recursos.


Estes fatores protetores desempenharão um papel importante na construção de uma mente saudável, na maioria das nossas crianças. Agora, com a lista completa, os nossos estudantes estarão adequadamente preparados para o ano letivo.  

Juntos pela Saúde Mental de Todos Nós
manifestaMente
 
Fontes:
Mental Health Foundation
NASP

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