ManifestaMente
  • Quem somos
    • ManifestaMente
    • Manifesto pela Saúde Mental
    • Valores
    • equipa
    • Apoios e Parcerias
    • Media
    • Congressos e outros
  • O que fazemos
    • Kit Básico de Saúde Mental
    • Programa de Capacitação de Dinamizadores Locais
    • Kit Jovens
    • Kit Crianças
    • De pequenino a torcer pela saúde mental
    • Cantar pela Saúde Mental
    • Podcast Manifesta-Te
  • Como Ajudar
    • a ManifestaMente
      • Asssociar-me
    • no meu dia-a-dia
    • uma pessoa próxima
  • Preciso de Ajuda
  • Testemunhos
  • Blog
  • Contactos
    • jornalistas
    • Subscrever Newsletter
  • zona do utilizador
  • Quem somos
    • ManifestaMente
    • Manifesto pela Saúde Mental
    • Valores
    • equipa
    • Apoios e Parcerias
    • Media
    • Congressos e outros
  • O que fazemos
    • Kit Básico de Saúde Mental
    • Programa de Capacitação de Dinamizadores Locais
    • Kit Jovens
    • Kit Crianças
    • De pequenino a torcer pela saúde mental
    • Cantar pela Saúde Mental
    • Podcast Manifesta-Te
  • Como Ajudar
    • a ManifestaMente
      • Asssociar-me
    • no meu dia-a-dia
    • uma pessoa próxima
  • Preciso de Ajuda
  • Testemunhos
  • Blog
  • Contactos
    • jornalistas
    • Subscrever Newsletter
  • zona do utilizador

blog

O desconfinamento: das restrições à incerteza

13/5/2020

 
A atual pandemia convoca-nos para uma situação sem precedentes. Além do que acarreta – questões de saúde, medidas de distanciamento e isolamento sociais penosos, problemas socioeconómicos e em alguns casos, processos de luto – ainda traz consigo a incerteza decorrente de ser novidade, da ciência estar a estudar o vírus e a doença associada ao mesmo tempo que os enfrentamos e de nos obrigar a mudanças rápidas com consequências ainda desconhecidas. A APA (American Psychological Association) define a incerteza como “o estado ou a condição na qual algo (ex., a probabilidade de um determinado resultado) não é conhecido com precisão ou de forma acurada”.

Estranhamente, na fase de confinamento, sabíamos o que fazer, as instruções eram claras e bastante restritivas, mas sabíamos qual era a zona em que estávamos em segurança – em casa. Também, a limitação de liberdade encurtava as opções disponíveis, o que fazia desta fase algo semelhante ao que em psicologia se denomina como uma “zona de conforto”. As zonas de conforto não têm necessariamente de ser locais ou situações onde nos sentimos bem. Brené Brown define a zona de conforto como aquele local onde a incerteza, a escassez e a vulnerabilidade são mínimas, ou seja, “um território onde acreditamos ter algum controlo.”  Assim, para alguns de nós, esta fase de desconfinamento será semelhante a abandonar esta nova “zona de conforto” face à ameaça de doença.
Se por um lado a situação de pandemia em Portugal está, felizmente, a ter uma evolução controlada, por outro, esta fase de desconfinamento, ou seja, de retorno gradual às atividades anteriores à COVID-19 e em direção a uma nova “normalidade” sem sabermos muito bem qual será, pode levar-nos a responder à incerteza com medo, desconfiança, ansiedade e stress.

Estas respostas parecem não ter em conta que a incerteza está sempre presente na nossa vida e que, mesmo quando bem informados, as nossas limitações em relação a prever as consequências das nossas decisões e ações, levam a que tenhamos sempre ao nosso lado o desconhecido e o imponderável. Na atual situação, à nossa dificuldade em prever como será a vida daqui para a frente, junta-se a interdependência, a ausência de controlo sobre fenómenos naturais e sobre o comportamento do outro.

Assim, associada à incerteza há a noção de perigo, o que pode nos levar a medos irracionais e a criar cenários irrealisticamente pessimistas. A nossa incapacidade para lidar com a incerteza também pode levar a sentimentos de derrota e de impotência, o que nos torna mais vulneráveis a estados depressivos.
Imagem
Porém, nem todos reagimos da mesma forma à incerteza. Não só depende do que está em questão, mas também poderá estar ligado a traços de personalidade ou a aprendizagens que tenhamos feito ao longo da vida. O que é claro da evidência disponível, é que a incerteza pode ter implicações sérias na nossa saúde mental. Por isso, como prevenir os efeitos negativos destas respostas à incerteza sobre a nossa saúde mental? Como conviver melhor com aquilo que, por ora, não podemos controlar?
Existem várias abordagens usadas quando temos dificuldade em lidar com a incerteza. No caso específico desta situação de pandemia, iremos destacar duas. Uma das técnicas consiste em modificar as nossas crenças em relação àquilo que tememos:
  • pensar em termos de probabilidades em vez de possibilidades; por exemplo, em vez de “é possível que isto me aconteça” mudar para “a probabilidade de isto me acontecer é”
  • usar a frequência a nosso favor: se a frequência com que algo acontece (por exemplo, desenvolver sintomas graves da COVID-19) é baixa, a probabilidade de nos acontecer é também baixa,
  • aceitar que nós já convivemos diariamente com a incerteza; por exemplo, ao conduzir, a atravessar a estrada, a consumir alimentos que não cultivámos, atividades para as quais já temos respostas adaptativas adequadas aos desafios.

Outra abordagem possível compreende exercícios de aceitação e mindfulness. Tornar-se mais presente no momento e aceitar a sua experiência atual, isto é, ser mais consciente no aqui e no agora, pode ajudar. O exercício de mindulness pode ser feito no nosso quotidiano, sem necessitar de rituais elaborados e compreende três etapas:
  1. Estar consciente no que está a pensar e a sentir, usando a respiração para permanecer no presente.
  2. Deixar a necessidade de soluções rápidas, talvez dizendo “é apenas um pensamento de que preciso ter certeza, vou deixá-lo ir (o pensamento)”.
  3. Não julgar, aperceber-se dos pensamentos que estão à deriva mas sem os tentar mudar. Depois trazer a atenção para o aqui e o agora. Concentrar toda a atenção nos sons ao redor ou nas sensações do corpo, na respiração ou na tarefa entre mãos.
 
Por último, também ajudará a adquirir alguma segurança e a recuperar algum controlo manter algumas das recomendações da fase de confinamento, em que aprendemos e adquirimos comportamentos que continuam a fazer sentido:
  • manter-se informado mas com moderação
  • continuar a seguir as recomendações das autoridades de saúde: distanciamento social sempre que possível, uso de máscara em locais fechados e de grande afluência, cumprir as normas de etiqueta respiratória, lavar as mãos frequentemente e evitar tocar com as mãos no rosto.

Contudo, se continuar a sentir que a situação ultrapassa a sua capacidade de enfrentá-la, não hesite em pedir ajuda. Mesmo nesta situação, os médicos de família estão disponíveis e há uma ampla oferta de serviços clínicos de saúde mental à distância.

Ainda não sabemos exatamente como vai ser o mundo pós-COVID. Aliás, nem sabemos se haverá um mundo muito diferente daquele a que nos habituámos. No entanto, as aprendizagens adquiridas serão úteis, sendo a mais importante aquela que nos ensina  a não dar como garantido aquilo que mais valorizamos na vida. Ou seja, a aprendizagem de que a incerteza é a coisa mais certa na vida.


Juntos pela saúde mental de todos nós,
ManifestaMente, Raquel Monteiro

Fontes
The Conversation
Psychology Today
Huffington Post

Comments are closed.
    Imagem

    Categorias

    Tudo
    Aconteceu
    Ajudar
    Arte
    Auto Ajuda
    Cidadania
    COVID 19
    Crianças
    Cuidadores
    Datas Festivas
    Dinamizadores Locais
    Doença Mental
    Estigma
    Família
    Figuras Publicas
    Homens
    Idosos
    Iniciativas
    Internacional
    Jovens
    Kit
    Língua Gestual Portuguesa
    ManifestaMente
    Mulheres
    Parentalidade
    Portugal
    Prevenir
    Recursos
    Relações
    Suicidio
    Testemunhos
    Trabalho

    Histórico

    Abril 2025
    Março 2025
    Fevereiro 2025
    Janeiro 2025
    Dezembro 2024
    Novembro 2024
    Outubro 2024
    Setembro 2024
    Agosto 2024
    Julho 2024
    Junho 2024
    Maio 2024
    Abril 2024
    Março 2024
    Fevereiro 2024
    Janeiro 2024
    Dezembro 2023
    Novembro 2023
    Outubro 2023
    Setembro 2023
    Agosto 2023
    Julho 2023
    Junho 2023
    Maio 2023
    Abril 2023
    Março 2023
    Fevereiro 2023
    Janeiro 2023
    Dezembro 2022
    Novembro 2022
    Outubro 2022
    Setembro 2022
    Agosto 2022
    Julho 2022
    Junho 2022
    Maio 2022
    Abril 2022
    Março 2022
    Fevereiro 2022
    Janeiro 2022
    Dezembro 2021
    Novembro 2021
    Outubro 2021
    Setembro 2021
    Agosto 2021
    Julho 2021
    Junho 2021
    Maio 2021
    Abril 2021
    Março 2021
    Fevereiro 2021
    Janeiro 2021
    Dezembro 2020
    Novembro 2020
    Outubro 2020
    Setembro 2020
    Agosto 2020
    Julho 2020
    Junho 2020
    Maio 2020
    Abril 2020
    Março 2020
    Fevereiro 2020
    Janeiro 2020
    Dezembro 2019
    Novembro 2019
    Outubro 2019
    Setembro 2019
    Julho 2019
    Junho 2019
    Maio 2019
    Abril 2019
    Março 2019
    Fevereiro 2019
    Janeiro 2019
    Dezembro 2018
    Novembro 2018

    Feed RSS

    Termos e Condições:
    1. Gerais
    2.Termos de utilização do site, página do Facebook e eventos do ManifestaMente
    3. Política de Privacidade
    4. Política de Cookies

Powered by Create your own unique website with customizable templates.
  • Quem somos
    • ManifestaMente
    • Manifesto pela Saúde Mental
    • Valores
    • equipa
    • Apoios e Parcerias
    • Media
    • Congressos e outros
  • O que fazemos
    • Kit Básico de Saúde Mental
    • Programa de Capacitação de Dinamizadores Locais
    • Kit Jovens
    • Kit Crianças
    • De pequenino a torcer pela saúde mental
    • Cantar pela Saúde Mental
    • Podcast Manifesta-Te
  • Como Ajudar
    • a ManifestaMente
      • Asssociar-me
    • no meu dia-a-dia
    • uma pessoa próxima
  • Preciso de Ajuda
  • Testemunhos
  • Blog
  • Contactos
    • jornalistas
    • Subscrever Newsletter
  • zona do utilizador