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O porquê de aprender e brincar, durante a hospitalização infantil?

9/6/2022

 
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A hospitalização é um evento que ocorre na vida de algumas crianças, podendo acarretar sofrimento, quer para esta, quer para a sua família, por via do stress  gerado (força interna e externa com efeitos transitórios ou duradouros, sobre o indivíduo, segundo a perceção que este possua sobre o stressor (1).

O stress pode ser visto como um catalisador de experiências negativas, gerando uma série de respostas do nosso organismo para enfrentar determinada situação encarada como stressante, como seja a hospitalização. Por isso, deve promover-se a integralidade da criança, sem descurar as peculiaridades da sua doença.

A hospitalização, quando surge neste estádio do desenvolvimento, reveste-se de especial importância já que é nesta fase que a criança começa a construir a  relação consigo própria e com o mundo exterior, mediante os eventos vivenciados.

Note-se que as restrições impostas pelo ambiente hospitalar (e.g. permanência no leito, diminuição/proibição de brincar, controlo da alimentação, sentimentos negativos face à situação, como ansiedade, medo, etc., assim como prejuízo no desempenho escolar) podem provocar sofrimento psíquico (2,3), pelo que urge integrar a criança no contexto hospitalar, através de estratégias adaptativas à situação.

Se é verdade que a ansiedade e o medo dependem da doença e tratamento, as mesmas determinarão a perspetiva da própria criança e família. Isto pode gerar desavenças conjugais e problemas financeiros, caso o principal prestador de cuidados dê assistência à criança a tempo inteiro, por exemplo.

Esta fase também pode ser um período de aprendizagens para toda a família, permitindo-lhes adquirir novas estratégias para lidar com a situação. No entanto, não podemos desvalorizar o efeito que a hospitalização (gravidade e duração) tem no desenvolvimento, como seja afetar a independência e autonomia, já que é neste estádio de vida que o sujeito começa a adotar comportamentos mais autónomos.

Por isso, o temperamento torna-se noutra variável relevante a ter presente nesta fase, pois ajuda (ou não) na construção da personalidade e adaptabilidade (4) .
Por conseguinte, a doença súbita ou grave afeta o desenvolvimento, ao interferir na interação da criança com seu meio envolvente, de forma (in)direta, pelo que é preciso perceber qual é o repertório de estratégias de coping (ação para direcionar o comportamento e a emoção, sob condições de stress) que a criança e família possuem, para enriquecê-los com outras (3,4) .

A sua compreensão deve considerar outros fatores que, segundo Dessen e Costa Júnior (5), englobam: a) fatores biológicos (orgânicos; medicamentosos; evolução e prognóstico); b) psicológicos; c) históricos (experiência com a doença e hospital); d) sociais (interação com os outros); e) situacionais (atitudes face à realidade e recursos disponíveis, como sejam aulas em meio hospitalar, que facilitem a continuidade do processo de aprendizagem escolar, fomentando o respetivo bem-estar, e por isso tida como uma estratégia cognitiva, já que a doença é revista como mais um evento da vida.

Dentro das estratégias positivas, além da aprendizagem, a distração lúdica também resulta eficaz, por isso urge promover dentro do sistema de saúde a intervenção psicopedagógica, assim como a inclusão de atividades recreativas, como a arteterapia (prática baseada na arte e que fomenta o autoconhecimento) e a biblioterapia (a leitura como elo modificador do agir, pensar e sentir), para maximizar os aspetos positivos acima descritos, pois favorecem o desenvolvimento infantil em curso e a hospitalização em si (6) .

Em suma, é crucial o fomento de uma prática hospitalar que inclua espaços não formais de educação e  que permita intervenções psicopedagógicas que extravasem o currículo académico, de modo a empoderar a criança e a sua família, para afrontarem as exigências de um processo desta índole, prevenindo-se o fracasso ou abandono escolar e possíveis transtornos do desenvolvimento.

Referências:
1. Linhares, M.B.M. (2016). Estresse precoce no desenvolvimento: impactos na saúde e mecanismos de proteção. Estudos de Psicologia, 33(4), 587-599. 
2. Farias, D.D., Gabatz, RIB., Terra, A.P., Couto, G.R., Milbrath, VM., & Schwartz, E. (2017). A hospitalização na perspetiva da criança: uma revisão integrativa. Revista de Enfermagem. UFPE on line, 703-711. 
3. Oliveira, C., Amorim, J., Alves, I., Dias, T., Silveira, K., & Enumo, S. (2018). Estresse, Autorregulação e Risco Psicossocial em Crianças Hospitalizadas. Rev. Saúde e Desenvolvimento Humano, 6(1), 39-48. 
4. Papalia D.E., & Feldman, R. D. (2013). Desenvolvimento Humano. 12ª Ed. Porto Alegre: Artmed.
5. Dessen, M.A.C., & Costa Júnior, A. L. (2005). Ciências do desenvolvimento humano: tendências atuais e perspetivas futuras, 171-189). Porto Alegre: Artes Médicas.
6. Hostert, P., Motta, A., & Enumo, S. (2015). Coping da hospitalização em crianças com câncer: a importância da classe hospitalar. Estudos Psicologia, 32(4), 627- 639.
​ 

Juntos pela Saúde Mental de Todos Nós,
ManifestaMente, José Pereira

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