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O Regresso às Aulas em tempos de pandemia

8/9/2020

 
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Setembro assinala o fim do verão e o regresso à escola. Num ano marcado por experiências inéditas na vida de todos nós, refletimos sobre como nos devemos proteger da COVID-19 sem com isso impedir o desenvolvimento saudável das crianças e dos jovens, sobretudo os mais vulneráveis.

Parte do ano letivo anterior decorreu remotamente e em casa, de modo a garantir o isolamento físico. Quando se declarou o início da pandemia e antes de termos conhecimento do comportamento do vírus, o confinamento foi justificado pela necessidade de garantir que a infeção se disseminava na comunidade a um ritmo que permitisse aos hospitais dar resposta aos casos mais graves.
A gestão da aprendizagem em casa e do teletrabalho foi um desafio para crianças, jovens e pais.

O ensino à distância trouxe a necessidade de incluir meios digitais e exigiu um ambiente propício em casa para a aprendizagem. Sabemos que essa não é a realidade de muitos. Igualmente, perdendo o acesso à escola, perdeu-se uma rede de apoio e de vigilância importante, deixando as crianças mais vulneráveis a casos de abuso emocional e físico e violência doméstica. Em algumas famílias, o almoço na escola é a garantia de pelo menos uma refeição completa no dia - essencial para a nutrição adequada ao desenvolvimento da criança.

A UNESCO teme que cerca de 24 milhões de crianças e jovens a todos os níveis de aprendizagem abandonem a sua educação definitivamente devido ao encerramento das escolas durante a pandemia. Nesse sentido, é pedido que a aprendizagem continue, sobretudo nos contextos mais vulneráveis.

Os jovens de hoje são os adultos de amanhã e é deles que depende o futuro da Humanidade. António Guterres, Secretário Geral da ONU, adverte para o risco de estarmos a contribuir para uma
crise geracional. Não podemos desperdiçar o potencial humano das gerações mais jovens nem perpetuar a desigualdade de oportunidades.


COVID-19 e o conceito de segurança nas crianças

O que começou por ser uma tentativa de atenuar a  disseminação do vírus para proteger os hospitais e garantir resposta a todos passou a ser, talvez, a procura de parar a transmissão absoluta da doença, a um custo enorme para muitas áreas da sociedade.

É inegável que devemos manter cuidados. Porém, se a sociedade se render ao medo da transmissão da doença e do número de casos positivos, as consequências devastadoras que já se fazem sentir só irão perpetuar-se. A procura da noção de segurança e a vivência de um dia-a-dia ‘desinfetado ao pormenor’ implica uma visão cega e o quase esquecimento  de outras responsabilidades. O conceito de segurança tem de abranger o conceito de risco informado, em que mantemos os cuidados mas também protegemos os mais vulneráveis.

Embora as crianças sejam menos afetadas pela infeção pelo novo coronavírus e tenham, por norma, sintomas mais ligeiros, a verdade é que são as mais suscetíveis ao impacto psicossocial que a pandemia, o confinamento e o fecho de escolas lhes causaram.

Com a abertura progressiva de outros serviços na comunidade, as escolas também retomarão o seu funcionamento neste mês de Setembro, com regras específicas.


A falta que a escola fez e a catarse do regresso

A escola permite um contexto onde as interações e processos de socialização acontecem e favorecem o desenvolvimento, sentido de pertença, motivação escolar e bem-estar e saúde psicológica das crianças e jovens.

O ser humano é um ser social. As emoções dão significado à nossa existência e têm um papel importante integrante na aprendizagem, por isso é tão importante a vivência entre pares, desenvolvendo não só as competências curriculares como também as sociais. As componentes social e emocional são indissociáveis da cognitiva; desenvolvem-se conhecendo, interpretando e compreendendo as formas de estar e as ações dos outros. Só assim as crianças podem tornar-se progressivamente autónomas e ter noção de si próprias e do seu lugar  no mundo.

As relações sociais promovem a saúde e o bem-estar. Inversamente, a solidão e o isolamento são considerados como fatores de risco para o surgimento de doenças mentais - sendo a adolescência um período particularmente vulnerável.

A escola é o lugar que tem um impacto positivo na vida das crianças e jovens e pode mitigar alguns aspetos negativos. É o espaço onde podem construir a sua autoestima e autonomia, vivenciar a sua liberdade, ampliar a consciência social, criar relações interpessoais positivas e de suporte e um carácter resiliente - ferramentas fundamentais para enfrentar os desafios que a vida vai trazendo.


Atenuar o receio dos pais e da sociedade

À medida que avança o nosso conhecimento sobre a COVID-19 e o vírus que a provoca, aumenta a evidência de que não há assim tantas razões para recear a reabertura das escolas.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Pediatria, além de haver uma menor incidência da doença em crianças, estas têm na sua grande maioria sintomas ligeiros e de evolução benigna. Além disso, a evidência atual diz-nos que as crianças não são um grande veículo de transmissão e a transmissão criança-criança ou adulto-criança não é tão relevante na propagação de surtos.

Os estudos sobre a transmissão escolar em países onde foi retomado o ensino presencial demonstram que a transmissão tende a ocorrer de adulto para adulto.

A pandemia veio agudizar a crise educacional que o mundo já vivia, com mais de 250 milhões de crianças em idade escolar em todo o mundo a não frequentar a escola. Por ser um momento decisivo, também pode ser visto como uma oportunidade para reinventar e melhorar o sistema educacional.


Vamos a isto?


Juntos pela Saúde Mental de Todos Nós,
ManifestaMente, Catarina Esteves, médica interna de pediatria

Leitura relacionada
Início do ano escolar: Sociedade Portuguesa de Pediatria

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