Tertúlias: “O que nos dizem os livros sobre saúde mental?”*

Foi com entusiasmo que a Câmara Municipal de Lisboa aderiu ao programa da Manifestamente para a capacitação de dinamizadores locais nas autarquias. 

Os funcionários, com o apoio dos respectivos serviços, que participaram neste programa criaram diversas actividades para a comunidade com a temática da saúde mental. 

​O Departamento para os Direitos Sociais, Divisão para a participação e Cidadania e a Divisão da Rede de Bibliotecas, promoveram a criação de um ciclo de tertúlias denominado: 

"O que nos dizem os livros sobre saúde mental?" 

Abordando temas relacionados com a saúde mental, através do debate à volta de livros de ficção, biográficos ou baseados em factos verídicos, com a presença,sempre que possível, do(a) autor(a) e de profissionais da área da saúde mental. 

No dia 21 de junho decorreu a 1.ª tertúlia sobre o livro “Doida não e não!” de Manuela Gonzaga, uma biografia sobre Maria Adelaide Coelho da Cunha. 

A tertúlia contou com a presença da autora, de José Caldas de Almeida (professor catedrático jubilado de Psiquiatria e Saúde Mental), Isabel Fazenda (assistente social e mestre em Serviço Social), Cátia Moreira (licenciada em Medicina) e João Maia Rodrigues (notário), que oram debateram diversos aspectos ligados à saúde mental:

• o quadro legislativo da saúde mental; 
• os Direitos Humanos na doença mental;
•  a gestão do património da pessoa com doença mental; 
• os aspetos culturais e estigma; 
• o papel da mulher.

A 2.ª tertúlia realizou-se no dia 21 de Setembro, Dia Mundial da Doença de Alzheimer, sendo dedicada à obra “O Avô tem uma borracha na cabeça” de Rui Zink e Paula Delecave. 

Para além dos autores, participaram neste debate António Leuschner  (presidente do Conselho Nacional de Saúde Mental ) e Nuno Antunes (Psicólogo na Associação Alzheimer Portugal). Este livro é um testemunho bastante significativo para a reflexão sobre a doença de Alzheimer e as suas implicações, como:

• A demência e o impacto na vida familiar;
• A Doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência;
• Como lidar e conviver com uma pessoa com demência;
• Benefícios da boa relação entre avós e netos.

Como dinamizadoras locais, esta experiência tem sido muito enriquecedora por resultar do cruzamento da área da saúde mental com a área da promoção da leitura e do livro. 

Através do debate à volta de um livro falamos de saúde mental e chegamos mais facilmente à comunidade. A comunicação criada entre autores e profissionais da área da saúde mental permite uma nova abordagem ao tema e novas sinergias.

“O que nos dizem os livros sobre saúde mental?” é uma atividade inscrita no Programa Municipal Saúde Mental da Câmara Municipal de Lisboa. 

Esteja atento(a) e assista à próxima tertúlia!

Dinamizadores da CML: Ana Teresa Melo Gouveia, Elisabete Santa-Bárbara e Elsa Lopes

* Este artigo é um testemunho do trabalho no terreno de participantes no Programa de Capacitação de Dinamizadores Locais da ManifestaMente.