Além de um problema com uma grande expressão à escala global e consequências trágicas para os amigos, família e comunidade da pessoa que cometeu suicídio, os números dizem-nos sobretudo que este é um problema que se pode prevenir.
Como nos podemos tornar aliados pela prevenção do suicídio? Ø Estar atento. Ouvem alguém por perto a dizer que quer morrer ou tirar a própria vida? Que não vê solução para os seus problemas? Não tem esperança no futuro? Diz frases como: “só quero que tudo acabe depressa, estou farto/a de viver”, “Estou desesperado/a, já não sei o que fazer”, “Não há saída para isto”, “Nada vai melhorar na minha vida”? Numa situação destas, não devemos hesitar em conversar com a pessoa e ouvi-la de forma empática, sem transparecer juízos de valor. Por vezes temos a ideia - infundada - de que perguntar diretamente sobre pensamentos de suicídio vai incentivar a pessoa a fazê-lo. Isto não é verdade. Pelo contrário, a pessoa que já tem pensamentos de suicídio vai sentir alívio por poder falar sobre isso com outra pessoa e esse pode ser o ponto de partida para conseguir pedir ajuda. Devemos também encorajar a pessoa a procurar ajuda junto de um profissional de saúde. Se for o caso, devemos ainda remover do alcance da pessoa qualquer meio letal (como armas, cordas, fertilizantes, pesticidas e outros venenos). Se a pessoa estiver em perigo de vida, peçam ajuda imediatamente, através de uma chamada para o 112. No nosso website temos mais informação sobre como e onde pedir ajuda em diferentes situações. Ø Ser vocal e ativo pela prevenção do suicídio. Partilhem recursos fidedignos, construídos por profissionais de saúde e com dados estatísticos divulgados por fontes de autoridade. Nem sempre o ativismo pela saúde mental tem de ser público e todos devemos participar da forma que nos fizer mais sentido. Por exemplo, podem começar uma conversa com alguém próximo que vos preocupe. Transmitir uma mensagem de apoio e esperança pode ser igualmente valioso. Para outros de nós, pode fazer mais sentido publicar um vídeo, notícia ou mensagem sobre o tema ou sobre como podemos agir, em comunidade, para minimizar o impacto do suicídio ou para que mais pessoas tenham acesso a ajuda. Quem está em maior risco? Nove em cada dez pessoas que comete suicídio tem uma doença mental. Além disto, a morte por suicídio tanto pode ocorrer num momento de impulsividade como ser um ato planeado com antecedência. Em ambas as situações acarreta um grande sofrimento. As experiências de conflito, desastres, violência, abusos ou perdas também aumentam o risco de cometer suicídio. Outros fatores relacionados com a situação de pandemia que vivemos, como dificuldade em adaptar-se às alterações impostas no trabalho, desemprego, ou maior isolamento podem também conferir maior risco de pensamentos e atos suicidas. Além de todos estes fatores, o maior indicador do risco de suicídio é a existência de uma ou mais tentativas prévias. Setembro é um mês de recomeços – porque não fazer deste o mês em que nos tornamos aliados pela prevenção do suicídio? Juntos pela Saúde Mental de Todos Nós, ManifestaMente, Miriam Garrido Recomendamos também: Comments are closed.
|
Categorias
Tudo
Histórico
Novembro 2024
|