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Suicídio: quando controlar não é a solução.

3/9/2021

 
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Num mundo que nos ensina a controlar tudo o que está à nossa volta, o que pensamos e o que sentimos. Quando a vida nos mostra que esse controlo não é possível, o nosso mundo interior, as convicções e certezas, parecem ruir como um castelo de cartas. 

​

Como assim não é possível controlar este sentimento de inutilidade e desesperança que sinto, todos os dias, a toda a hora? Como assim não é possível controlar esta vontade, intensa e sombria, que me põe a sorrir por fora e chorar por dentro? E, como assim, não é possível controlar esta tristeza intensa que me pára? Sem controlo sobre esta falta de interesse pelo que me fazia tão feliz, e este “looping” de pensamentos e perguntas, para as quais não tenho resposta?  

“Estás aqui a fazer o quê?”; “Já não vales nada!”; “Se te fosses embora ninguém daria pela tua  falta!”...

Para dores de cabeça, um comprimido. Para dores musculares, um comprimido, umas  pomadas e/ou uns emplastros. Para olhos irritados, soro fisiológico.  Há sempre alguém por perto que se disponibiliza a arranjar um “remédio” imediato para estas dores (físicas!). 

Contudo, quando a dor é psicológica/emocional, a rapidez com que os outros se disponibilizam a cuidar é, praticamente, irrisória ou inexistente. Porque “Isso passa. Vais ver que não é nada.”, ou nem se atrevem a falar, com medo de exacerbar a dor que o outro está a sentir. 

Mas, convenhamos, se não dizemos a alguém que tem diabetes que aquilo  vai passar, ou a alguém que fez uma entorse que aquilo não é nada, porque agimos  deste modo com as doenças psicológicas/emocionais?  

O suicídio refere-se ao “ato deliberado e intencional, levado a cabo pela pessoa para pôr termo à própria vida”. 

Aproximadamente, 800 000 pessoas morrem por suicídio todos os anos,  o que equivale a uma morte em cada 40 segundos e estima-se que, em Portugal, ocorram 3 suicídios por dia (cf., Plano Nacional Prevenção do Suicídio, 2013-1017).  

Números como estes devem colocar-nos em alerta. Para além do suicídio constituir um grave problema de saúde pública, a grande maioria das pessoas não querem, de facto, colocar termo à própria vida, mas sim, terminar o sofrimento  psicológico/emocional e o desgaste intenso e avassalador que sentem há demasiado tempo.
  
Há quem pense no suicídio numa, ou várias, alturas da vida e muitas das pessoas que o tentam, dizem, ou fazem, algo para que as pessoas à sua volta  saibam da sua intenção. 

Chamadas de atenção? Uma tentativa de alerta? Ou,  uma forma de manifestar a ambivalência que se sente ao  pensar na morte como a única solução para o sofrimento, mas por outro lado, querer ser ajudado? 

É difícil desenvolver explicações simples para um comportamento que é provocado pela interação de fatores biológicos, psicossociais e/ou culturais. Mas, sabendo que uma parte dos suicídios poderiam ser  evitáveis, e que perguntar sobre possíveis ideias de suicídio não provoca o acto mas, na maioria das vezes, reduz a ansiedade e ajuda as pessoas a sentirem-se compreendidas, acredito que é fundamental assumir a nossa quota-parte no apoio a quem sofre com problemas, aparentemente, invisíveis mas intensamente sentidos.  

Criar expectativas irrealistas sobre a capacidade de controlar  sentimentos de inutilidade, desesperança e “encurralamento”, significa aumentar o sentimento de frustração, que nos diz que somos incapazes de evitar tudo isto. 

Acredito que a tentativa de controlo não é a solução.  

Reconhecer que algo está mal, e pedir ajuda, é reconhecer que somos humanos e que os super-homens e as super-mulheres só existem na ficção. Reconhecer as nossas limitações, e pedir apoio, é assumir que todos temos as nossas fragilidades e todos somos humanos. E, nos  dias de hoje, reconhecer tudo isto, e pedir auxílio , é de uma sensibilidade e força  extraordinárias. 

E, na atualidade, considerando os pontos de reflexão que o confinamento e a pandemia da COVID-19 nos proporcionaram, saliento o seguinte: 

1. não controlamos tudo; 
2. o afeto e o carinho são essenciais na relação com o próprio, com o outro e com o mundo.  

Por isso, sabendo que estamos todos no mesmo barco, e que todos podemos desenvolver problemas de saúde mental, ter ideias de suicídio e/ou querer avançar, deliberadamente, para o ato em momentos que nada parece ter solução, é necessário que façamos todos a nossa parte. Se está em dúvida, pergunte uma segunda vez a alguém se está tudo bem; Em dúvida, procure ignorar o que os outros vão pensar e peça ajuda. 

Juntos pela Saúde Mental de Todos Nós,
ManifestaMente, ​Ana Margarida Gonçalves.

Estás a pensar fazer mal a ti próprio?

Fontes: Não há saúde sem saúde mental, Campanha Nacional de Prevenção do Suicídio,  contactos e linhas de apoio, contactos e serviços disponíveis 

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